terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Juniores : UD Leiria arranca empate mesmo contra arbitragem ‘habilidosa’

Campo da Academia do FC Porto, no Olival
Árbitro: Nuno Roque (Coimbra). 
Auxiliares: Luís Coelho e João Martins.
Espectadores: 100. 
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FC Porto 1
Filipe Ferreira, Marcelo (Sérgio Ribeiro, 70 min.), André Ribeiro, Ricardo Tava-res, Tomás Mota, Vitor Andrade, Chicão, Belinha (Clever, 79 min.), Ruben Macedo, Ruben Alves e Jonathan (Raul, 62 min.). 
Não jogaram: João Costa, Rui Silva, Junior, Diogo Verdasca.
Treinador: Nuno Capucho.
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UD Leiria 1
Vitor Lopes, Zé Rodrigues (Manique, 85 min.), Benny, Sandro, Denis (Miguel Ângelo, 43 min.), Fred, Rui Rodrigues, Afonso caetano, Tito, Bernardo (Rúben Fernandes, int.), Carlos Oliveira. 
Não jogaram: João Pedro, Paulo Lourenço, Simão e Madruga.
Treinador: Tiago Vicente.
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Ao intervalo: 1-1. 
Golos: 0-1 por Sandro (12m);1-1 por Jonathan (39 min., g.p.).
Acção Disciplinar: Amarelo a Sandro (38 e 41 min.), Rúben Fernandes (84 min.), Clever (84 min.) e Benny (90+1 min.).
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A UD Leiria abriu a fase de apuramento de campeão do nacional de Juniores com um empate (1-1) no sempre difícil terreno do FC Porto, crónico candidato ao título, e não fosse uma arbitragem desastrosa do trio que viajou de Coimbra, a turma de Tiago Vicente poderia mesmo ter conquistado os três pontos.
Desde os primeiros minutos de jogo que se percebeu qual seria a toada de jogo: o FC Porto a 'mandar' em toda a linha, enquanto a UD Leiria defendia de forma compacta no seu meio-campo e de quando em vez tentava sair em contra-ataque para chegar junto da baliza portista.
O primeiro lance de perigo foi protagonizado por Jonathan que, após uma jogada individual, tentou a meia distância com a bola a sair perto da baliza de Vítor. O extremo do FC Porto foi sempre uma dor de cabeça para a defensiva leiriense, nomeadamente para Denis que poucas vezes conseguiu ganhar no duelo individual.
Apesar do domínio do FC Porto, foi a UD Leiria a chegar ao golo na sequência de um livre à entrada do meio-campo dos dragões com Fred a atirar para a área, em que o guarda-redes Filipe Ferreira alivia o esférico para a barra da sua própria baliza e Sandro, oportuno, encostou para o golo.
Os leirienses adiantavam-se no marcador e demonstravam muita personalidade, tentando sair sempre para o ataque com critério. Em termos defensivos, a equipa era consistência, mas mesmo quando as individualidades do FC Porto desequilibravam, Vítor Lopes mostrava-se muito seguro entre os postes. Mas a UD Leiria não se limitava a defender. Num lance bem trabalhado na esquerda, Bernardo recebe a bola já dentro da área, mas o remate foi bem defendido por Filipe para canto.
Aos 35 minutos começou o descalabro do trio de arbitragem: Rui Rodrigues desmarcou Bernardo na perfeição, com o avançado a ficar isolado, mas o árbitro interrompeu a jogada assinalando fora-de-jogo num lance mal invalidado.
Quatro minutos depois, Sandro cometeu falta perigosa junto à área leiriense, mas Nuno Roque, mais uma vez, ajuizou mal e apontou para a marca do castigo máximo. Na cobrança, Jonathan restabeleceu o empate (1-1). Não satisfeito com os prejuízos que estava a incutir na UD Leiria, o árbitro voltou a ser protagonista dois minutos depois ao mostrar o segundo amarelo a Sandro num lance banal. Resumindo, em dez minutos, Nuno Roque prejudicou gravemente os leirienses em três lances.
Indiferentes a tudo isso, os jogadores do FC Porto tentaram de todas as formas voltar a chegar ao golo, mas o melhor que conseguiram foi um remate à meia-volta de Rúben Alves que passou perto do poste.
Na segunda parte, o domínio do FC Porto acentuou-se e foi sem surpresa que as oportunidades se foram sucedendo, mas Vítor Lopes mostrou muita segurança na baliza. 
Uma das oportunidades mais clamorosas pertenceu mesmo à UD Leiria quando Fred passou por tudo e todos e atirou de longa distância com a bola a embater na barra.
Com o passar do tempo, os portistas foram perdendo discernimento e os leirienses foram acreditando que podiam sair do Olival com um resultado positivo, algo que veio a acontecer fruto de uma equipa que teve no seu espírito colectivo e de sacrifício as suas principais armas, mesmo jogando mais de 50 minutos com menos uma unidade em campo.
Empate final acaba por se aceitar e que penaliza o FC Porto que nunca mostrou argumentos convincentes para derrubar uma UD Leiria muito bem organizada num jogo com arbitragem desastrosa de Nuno Roque. 

Texto: José Roque (Diário de Leiria)
Foto: António Maia 

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