sábado, 26 de novembro de 2011

Entrevista a Vítor Marques , Presidente do Caldas SC


A direcção do Caldas está a cumprir seis meses neste novo mandato e a Gazeta das Caldas falou com o presidente Vítor Marques sobre o actual momento do clube. Desde as dificuldades que a equipa principal de futebol tem atravessado no início de época à conjuntura económica que rodeia o clube, criando algumas dificuldades de tesouraria. Vítor Marques demonstra confiança no futuro, apesar de não descartar medidas de ‘austeridade’ caso as receitas diminuam perigosamente. Quanto à situação da equipa sénior, que divide o último lugar com o Reguengos, o presidente acredita que o grupo vai conseguir repetir o feito de há três anos, quando se manteve contra todas as expectativas, reiterando confiança nos jogadores e nos treinadores.

Gazeta das Caldas - Estamos com seis meses neste novo mandato, que balanço se pode fazer até agora? As dificuldades têm sido maiores ou menores que as esperadas?
Vítor Marques - A realidade não tem fugido muito das expectativas que tínhamos. Montámos a nossa estratégia cientes que dificuldades a nível económico iam ser grandes e as dificuldades têm aumentado. Este mês de Novembro foi o que tivemos mais dificuldade para cumprir as nossas obrigações, conseguimos fazê-lo com três ou quatro dias de atraso, mas sentimos que é uma situação cada vez mais real e que se irá manter daqui para a frente. Vamos continuar a trabalhar no sentido de ter iniciativas que ajudem o clube a ter algumas receitas, como foi a noite de fados que organizámos pelo quarto ano consecutivo. Estamos com ideias para mais actividades, já temos rifas para o Cabaz de Natal que tentámos arranjar prémios interessantes, numa parceria com os Pimpões, que é uma forma de ter melhores prémios num investimento a meias.
Temos uma situação relativamente favorável este ano porque temos mais atletas, cerca de 380 incluindo os veteranos, e tivemos necessidade de aumentar um pouco a quota atleta, o que nos ajudou a suster as quebras de receita. Mas mais que a receita é também o orgulho e a satisfação de os atletas nos procurarem, pensamos que o motivo pode ser por um lado financeiro, mas acreditamos mais que é pelo trabalho que temos vindo a realizar no futebol juvenil. Temos um caminho grande a percorrer, mas com os pés no chão.

GC - No futuro as dificuldades que hoje se sentem vão obrigar a alguma ‘austeridade’ ou há condições para manter o clube a funcionar como está?
VM - Temos conversado muito sobre isso e temos que ser práticos e realistas: se as receitas baixarem e se tornarem inferiores às despesas - e vamos fazer tudo para que isso não aconteça - com muita frontalidade teremos que ajustar os compromissos que tivermos. Para já não sentimos essa necessidade, mas se acontecer temosque ter a coragem de olhar as pessoas nos olhos e apresentar-lhes a realidade, porque penso que essa é a forma salutar de o fazer e não ficar com atrasos, para não criarmos mau estar nas pessoas com quem trabalhamos e para não deixarmos para o futuro situações como encontrámos do passado.

GC - A equipa sénior tem tido algumas dificuldades neste início de época. Vê necessidade de alterar alguma coisa no grupo?
VM - Creio que fomos felizes na forma como montámos a equipa para esta época, dentro da nossa orientação e como pretendíamos. Quisemos contar com toda a equipa técnica e tivemos a felicidade de poder contar com todos, mantivemos no plantel a maioria dos atletas, tivemos que dispensar alguns para poderem haver entradas mas com um grande agradecimento pelos que saíram, subimos juniores com muita qualidade e reforçámos com três pessoas com muita qualidade em posições chave. Tínhamos consciência das dificuldades, mas a equipa dava-nos garantias de uma boa época. As lesões aparecem sempre, mas nunca pensámos que fosse tão cedo, nem numa quantidade tão grande e quase todas na frente. Tem-nos faltado os golos mas penso que os adeptos estão conscientes disso, ainda no último jogo fiquei muito satisfeito como o público cumprimentou a equipa no final do jogo.
Temos uma equipa fantástica, os jogadores vão começar a recuperar das suas lesões, uma equipa técnica que é a que escolhemos e que tem trabalhado muito para contrariar estes resultados e não vemos qualquer motivo para alterar seja o que for no grupo de trabalho. Recordo que no nosso primeiro ano de Comissão Administrativa, no início deste grupo, acreditámos até ao fim e conseguimos a manutenção no último jogo, nunca baixámos os braços e este ano vai ser assim também. Penso que não seja um cenário mais difícil que esse, por isso eu acredito.

GC - No futebol juvenil também houve alterações.
VM - Mantivemos a aposta no nosso Coordenador Técnico e temos melhorado as ferramentas para as equipas trabalharem e as coisas vão acabar por acontecer, apesar de contratempos em alguns jogos, mas que ainda há tempo e qualidade nas equipas para recuperar. Tivemos mudanças no posto médico, o nosso fisioterapeuta saiu para uma nova experiência, estamos gratos pelos três anos que trabalhámos com o Tiago, recrutámos uma nova fisioterapeuta, a Ana Rita, uma caldense que tirou o seu curso na Cruz Vermelha e está a dar os seus primeiros passos com uma determinação enorme, continuamos a contar com o senhor Adelino, o Chico, a Milene no futsal, a Sílvia que nos apoia no futebol de sete, temos também o Rui e o técnico Pedro Teixeira que sempre que necessário dá uma mãozinha, um conjunto de pessoas muito bom. Ao nível dos directores também temos o maior número de sempre, é uma necessidade quetemos e uma forma particular que temos de ver o futebol juvenil que tem um balanço muito positivo. Os grupos são fantásticos na forma como interagem dentro e fora do campo. Temos a festa de Natal nos Bombeiros no dia 10, queremos fazer desta a maior festa de Natal de sempre do Caldas, juntando o maior número possível de pessoas para um convívio que é positivo para que os grupos se possam interligar que é uma coisa que ainda falta mas que acreditamos que vai acontecer para termos um clube mais forte.

Parte de uma entrevista cedida a Gazeta das Caldas. Pode ver a entrevista na totalidade na edição impressa da Gazeta das Caldas de 25/11/2011
 

Não vemos motivo para alterar seja o que for no grupo de trabalho”

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Iniciados : UD Leiria vence AC Marinhense em derby distrital

Jogo disputado na Academia de Futebol da U. de Leiria.
Assistência: cerca de 100 pessoas
Árbitro: António Nobre (AF de Leiria).
Árbitros assistentes: Bruno Santos e Bruno Colaço.


UD  Leiria 4
Treinador: Tiago Vicente
João Pedro; Francisco, Josué (Pimentel, int.), Dénis (cap.) e Migas; Izata; Cajó (Kiko, 60), Afonso (Neto, 56) e Renato; André Sousa e Botas (Pê int.).
Jogadores não utilizados: Miguel, Portela e Pacheco

AC Marinhense 0
Treinador: Luciano Silva.
Leandro; Veloso (António, 45), Zé Ricardo (cap.), Vicente e Tiago Letra; Bernas (Miguel 50); Bruno Godinho, Capistano e Pedro Coelho; João Duarte e João Carlos
Jogadores não utilizados: Manuel, Álvaro, Ricardo, Edu e Pinheiro.

Ao intervalo: 0-0.
Golos: 1-0, por Dénis, aos 45 minutos; 2-0, por Dénis, aos 47 minutos; 3-0, por Renato, aos 60 minutos; 4-0, por Neto, aos 70 minutos.
Acção disciplinar: cartão amarelo a Pedro Coelho (45), Cajó (45), Vicente (46), Botas (55), André Sousa 65), Bruno Godinho (66) e Zé Ricardo (68).

Com alguns adeptos do Marinhense, muito ruidosos refira-se, nas pequenas bancadas de Santa Eufémia, os jovens marinhenses entraram bem no jogo.
Com grande clarividência trocaram a bola entre si, embora sem apoquentarem o guarda-redes João Pedro porque a defesa da casa chegava para as ‘encomendas’.
A União não conseguia praticar o futebol de bom nível que já habituou os seus adeptos e por vezes a bola andou aos repelões e muito pelo ar.
Se o Marinhense conseguia ser a equipa mais esclarecida, os unionistas criaram perigo aos dois minutos: na marcação de um livre o capitão Dénis de cabeça enviou a bola por cima da barra. Aos 17 minutos foi a vez de Botas optar por um remate forte de longe enviando a bola a rasar o poste direito da baliza de Leandro.
Por seu turno, o Marinhense através de Pedro Coelho, num remate forte, obrigou João Pedro a realizar uma boa defesa.
Para o futebol praticado pelos pupilos de Luciano Silva um único remate em 35 minutos é pouco, também muito por mérito da defensiva contrária.
No segundo tempo a tónica foi outra pois as alterações feitas por Tiago Vicente, com as entradas de Pê e Pimentel, deram outra dinâmica à equipa.
Aos 42 minutos, Pê proporcionou a defesa de Leandro num castigo máximo, mas três minutos depois, Dénis, um defesa goleador, de cabeça, inaugurou o marcador. Dois minutos depois, através de novo castigo máximo, contestado pelos visitantes, o capitão leiriense alcançou o seu segundo golo do jogo e da equipa.
A partida entrou numa fase de pequenas picardias que motivaram a amostragem da cartolina amartela pelo árbitro e o sinal mais pertencia aos donos da casa.
Aos 60 minutos Renato obteve o terceiro golo a passe precioso de André Sousa e somente aos 67 minutos é que o Marinhense, através de João Duarte, apoquentou a baliza dos anfitriões, mas a bola passou ao lado do poste esquerdo do ‘goleiro’ da casa.
Em cima dos 70 minutos, Neto, num ressalto de bola, aplicou forte remate e fechou a contagem.
Arbitragem positiva embora com algumas indecisões.

Tuna Caranguejeiro - Diário de Leiria

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Empate em derby distrital

Estádio Municipal de Alcobaça
GC Alcobaça 1 - AC Marinhense 1

GC Alcobaça: Vítor Maranhão, Bruno Vidinha, Juvenal, Ricardo Pontes e João Faustino; Hélio, Janeca, Tiago Lopes (Nuno Coelho, 87′), Dário Marquês (TD, 65′), Rúben (Rúben Silva, 65′) e Bruno Novo.
Suplentes não utilizados: Bruno Estrelinha, Hugo Pereira, Bula, Carlos Fernandes e Bruno Daniel.
Treinador: Walter Estrela

AC Marinhense: Pedro Duarte, Fred ,Índio, Armando, Videira; Falé, Cruz (Dárcio,55), Amaro (Heber 90+2), Ricardo Fernandes; Ely, Kiká (Dady,55)
Suplentes não utilizados: Carlos, Miguel,Timmy e Cardeira.
Treinador: Marco Aurélio

Ao intervalo: 1-1
Golos: Ely (23) e Tiago Lopes (27)

Acção Disciplinar: Amarelos para João Faustino (53), Armando (58), Rúben (60), Tiago Lopes (65), Bruno Novo (70 e 77), Videira (80); Vermelho para Bruno Novo (77).

No passado domingo disputou-se no Estádio Municipal de Alcobaça, 0 jogo a contar para a 9ª jornada da 3ª Divisão Série D, entre o anfitrião Ginásio Clube de Alcobaça e o Atlético Marinhense. As duas equipas precisavam de ganhar, pois vinham de resultados menos positivos na jornada passada. A formação ginasista recebeu e empatou 1-1 com o UD Tocha e o Marinhense recebeu e perdeu em casa com o Beneditense por 1-2. As duas equipas entraram com vontade na partida, com muita luta a meio-campo, num relvado com muita água devido a forte chuva que se fazia sentir na cidade de Alcobaça. Aos 23 minutos, a formação da Marinha Grande iria chegar ao golo por intermédio de Índio. O Ginásio de Alcobaça reagiu bem e logo de seguida Dário Marquês empatava a partida a uma bola, resultado com que se chegaria ao intervalo.
No segundo tempo, parecia entrar com mais vontade a equipa da casa, mas não conseguia impor o seu futebol e criar lances de grande perigo. O Marinhense ia controlando a partida, e só em contra-ataques conduzidos pelo seu “maestro” Ricardo Fernandes tentava criar algum perigo. Walter Estrela fez algumas alterações, com as entradas de Rúben Silva e Nuno Coelho para tentar chegar ao golo da vitória mas sem sucesso. Melhor resultado para a formação liderada por Marco Aurélio que assim conquista mais um ponto em Alcobaça. O Ginásio de Alcobaça mantém-se na 9ª posição com 7 pontos enquanto o Marinhense está um lugar mais acima com 8 pontos conquistados até ao momento. De destacar que daqui a duas semanas, joga-se o derbie do concelho, com o Ginásio de Alcobaça a deslocar-se ao Parque Jogos Fonte da Senhora para defrontar o Beneditense.
 
O Derbie

sábado, 12 de novembro de 2011

O capitão está de volta

Quem viu Marco Soares a treinar-se ontem, na Marinha Grande, nunca diria que este jogador esteve parado mais de um ano, depois de uma lesão que quase lhe acabou com a carreira. «Há mais de um ano que não me sentia tão bem. Estou a ganhar confiança e preciso de mais uns dias», afirmou o capitão do UD Leiria no final da sessão a A BOLA.
Em Outubro do ano passado, Marco Soares fracturou a tíbia e o perónio em jogo contra o Sporting. Quando ouviu um estalo, nunca pensou que fossem os ossos. A memória do som ainda hoje o arrepia. «Pensei que fosse a caneleira. Foi tudo muito rápido. Quando olhei para a perna, percebi que estava partida», contou.
Os dias seguintes foram de revolta, assim que viu a radiografia: «Quando vi o exame, só me perguntei porquê eu».
Seguiu-se um ano de recuperação, à margem do grupo e com três operações. Recebeu o apoio da família, dos colegas e do povo cabo-verdiano. O maior suporte foi a namorada Cheila e a filha, Ísis

Rui Miguel Melo - A Bola
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