Foi a primeira experiência do género para dois jogadores da União Desportiva de Leiria. Durante uma semana, estagiaram com a equipa de futebol de sub-19 e sub-17 do Manchester City, em Inglaterra, conheceram a academia do gigante inglês, assistiram a jogos e contactaram com a cultura local.
Este terá sido o processo mais complicado. “Utilizam uma linguagem muito específica nos treinos, a que não estávamos habituados”, conta Benny, avançado que soma, esta época, 20 golos. Como qualquer bom português desenrascado, Diogo Izata e Benny Silvano viam primeiro os exercícios e depois repetiam. Em português, inglês ou espanhol, todos se entenderam.O convite surgiu após a transferência do médio camaronês Guirlain Kuaté para os “blues”, em Janeiro último.
Os dirigentes tiveram conhecimento da qualidade de outros jogadores da União Desportiva de Leiria e propuseram o estágio em terras de Sua Majestade. A experiência, diz Diogo Izata, foi enriquecedora. Os treinos são mais físicos, há um trabalho mais intenso no ginásio e um “cheiro” a futebol constante. “Sempre sonhei em ir para um grande clube em Portugal, porque achava que Inglaterra era demais, mas agora percebi que esta é uma porta aberta para que outras situações aconteçam”, entende. Benny sentiu algumas dificuldades técnicas, dado que é um ponta de lança fixo e segundo ele, “no futebol inglês, é bola para a frente e os avançados que corram”. Sabe que o estágio enriquece o seu currículo mas assume que ainda tem um longo caminho pela frente. “Temos que trabalhar muito para atingir os objetivos e não podemos baixar os braços”, realça.
Diogo Izata e Benny são o exemplo mais recente da “internacionalização” da União Desportiva de Leiria. Em 2012, Filipe Oliveira, agora no Benfica, esteve no Ajax. “Estes estágios potenciam a carreira desportiva e outro tipo de experiências para o futuro dos atletas e permitem à União de Leiria mostrar o trabalho de qualidade que se faz na Academia [em Santa Eufémia]”, refere Fernando Encarnação, dirigente do clube unionista.
Os contatos para os estágios surgem através de empresários e técnicos de futebol, mas tudo é ponderado pela própria União de Leiria, em conjunto com os pais, desde o percurso académico à orientação comportamental do atleta. “Conversamos com eles ao longo de toda a época e atletas como o Diogo e o Benny têm consciência e humildade suficiente para perceber que estão num processo de formação. Este estágio é um prémio, não é o fim. Eles sabem que não ganharam nada, mas antes que têm tudo para ganhar”, conclui.
Marina Guerra – Região de Leiria
Craques. Tenho bastante dificuldades em perceber como o Izata não tá num clube de maior projeção. Vi a equipa do Sporting e o Izata era titular de caras
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