Walter Estrela já não é treinador do Ginásio de Alcobaça, clube que milita na III Divisão Nacional, série C, e que já tem o destino traçado para a próxima época: a descida para os campeonatos distritais de Leiria. O técnico de 45 anos, que cumpria a terceira época à frente dos destinos do plantel sénior do Ginásio de Alcobaça, bateu com a porta depois de uma temporada em que nada correu bem e que chegou ao ponto de os jogadores terem, actualmente, três meses de salários em atraso, o que já levou ao abandono de seis atletas.
"Foi uma época péssima e difícil porque desde o início não houve tranquilidade e estabilidade. Se há algum culpado pela actual situação do Ginásio de Alcobaça é a direcção do clube", frisou Walter Estrela, explicando ainda os motivos da sua saída: "Senti-me empurrado e como já não me sentia bem no clube, decidi sair".
O técnico natural da Nazaré confessou que o ambiente vivido no seio do clube não é o melhor, chegando a temer pelo futuro do Ginásio. "Enquanto o Alcobaça tiver directores que só se querem servir a eles próprios para ganhar protagonismo e aparecer, o clube não vai crescer e estará condenado", acusou.
Em relação aos jogadores, Walter Estrela mostrou-se solidário e confessa mesmo que muito fizeram eles tendo em conta as promessas infundadas. "Os jogadores foram os melhores do mundo, não há nada a apontar. Deram o que tinham e o que não tinham num plantel com muita juventude e dificuldades. Gostava era que a direcção do clube mostrasse aos adeptos a folha de vencimento dos jogadores porque não é possível um clube que disputa a III Divisão Nacional pagar ordenados entre os 50 e os 200 euros", sublinhou o técnico. Recorde-se que a direcção do Ginásio encetou durante a época uma redução em 50 por cento dos ordenados dos jogadores.
Quem não aguentou mais a situação foram seis jogadores que abandonaram o plantel, nomeadamente Reuben, João Faustino, Carlos Fernandes, Silva (capitão), André Ventura e Tiago Lopes. Se a estes juntarmos as saídas de Vítor Maranhão (UD Leiria) e Rafa, no início da época, e de Félix Carvalho (Caldas), em Janeiro, o técnico Walter Estrela ficou com opções bastantes limitadas, tornando-se "impossível" salvar o clube da descida de divisão.
"Fiz acreditar aos jogadores que podíamos chegar onde queríamos com ou sem dinheiro, mas, como é óbvio, são situações que afectam os jogadores psicologicamente", admitiu o técnico. Em relação ao futuro, Walter Estrela diz esperar por uma boa proposta para voltar ao País, tendo em conta que, neste momento, está a trabalhar no estrangeiro.
A direcção do Alcobaça para já não quer fazer comentários, relegando maiores esclarecimentos para um comunicado.
"Foi uma época péssima e difícil porque desde o início não houve tranquilidade e estabilidade. Se há algum culpado pela actual situação do Ginásio de Alcobaça é a direcção do clube", frisou Walter Estrela, explicando ainda os motivos da sua saída: "Senti-me empurrado e como já não me sentia bem no clube, decidi sair".
O técnico natural da Nazaré confessou que o ambiente vivido no seio do clube não é o melhor, chegando a temer pelo futuro do Ginásio. "Enquanto o Alcobaça tiver directores que só se querem servir a eles próprios para ganhar protagonismo e aparecer, o clube não vai crescer e estará condenado", acusou.
Em relação aos jogadores, Walter Estrela mostrou-se solidário e confessa mesmo que muito fizeram eles tendo em conta as promessas infundadas. "Os jogadores foram os melhores do mundo, não há nada a apontar. Deram o que tinham e o que não tinham num plantel com muita juventude e dificuldades. Gostava era que a direcção do clube mostrasse aos adeptos a folha de vencimento dos jogadores porque não é possível um clube que disputa a III Divisão Nacional pagar ordenados entre os 50 e os 200 euros", sublinhou o técnico. Recorde-se que a direcção do Ginásio encetou durante a época uma redução em 50 por cento dos ordenados dos jogadores.
Quem não aguentou mais a situação foram seis jogadores que abandonaram o plantel, nomeadamente Reuben, João Faustino, Carlos Fernandes, Silva (capitão), André Ventura e Tiago Lopes. Se a estes juntarmos as saídas de Vítor Maranhão (UD Leiria) e Rafa, no início da época, e de Félix Carvalho (Caldas), em Janeiro, o técnico Walter Estrela ficou com opções bastantes limitadas, tornando-se "impossível" salvar o clube da descida de divisão.
"Fiz acreditar aos jogadores que podíamos chegar onde queríamos com ou sem dinheiro, mas, como é óbvio, são situações que afectam os jogadores psicologicamente", admitiu o técnico. Em relação ao futuro, Walter Estrela diz esperar por uma boa proposta para voltar ao País, tendo em conta que, neste momento, está a trabalhar no estrangeiro.
A direcção do Alcobaça para já não quer fazer comentários, relegando maiores esclarecimentos para um comunicado.
José Roque (Diário de Leiria)
Foto: Luis Filipe Coito
Foto: Luis Filipe Coito